quarta-feira, 9 de novembro de 2016

TRUMP GANHOU AS ELEIÇÕES




Confesso que sou assumidamente liberal e apesar de Trump ser republicano, seria incapaz de votar nele. Isto apesar de muito antes da sua candidatura à presidência ter tido uma profunda admiração por ele que me levou a ler seus livros e tentar perceber como chegou tão longe.  Sim. Como empresário, inspirou-me. Mas um discurso agressivo, aparentemente xenófobo carregado de má educação onde ridicularizava e diminuía as mulheres, constantemente, horrorizou-me. Acredito na mudança do Mundo mas não com discursos “Hitelarizados”. A história mostrou-nos por duas vezes que não pode ser esse o caminho.

Contudo, podem ficar tranquilos. Não vem, na minha opinião, aí o apocalipse. Analisando a frio as palavras proferidas após ter vencido as eleições, o discurso usado na campanha irá agora para a gaveta. E num tom já mais moderado, irá conduzir os destinos dos States. Porque Trump é um jogador nascido para ganhar. E ganhou. Assim como soube ganhar sempre na vida, imparavelmente até ao topo. É empresário e sabe que é preciso ter jogo de cintura para vingar. É camaleónico. Soube usar o discurso certo num momento em que o medo ao Daesh está na ordem do dia, e prometeu protecção. Transformou-se no "Salvador da Pátria". Além disso, dorme com o inimigo e terá sempre Putin do lado dele nem que para isso tenha de lhe oferecer a própria mulher. Este é o Trump agora 45° presidente dos EUA.

O Mundo está a mudar sem  dúvida alguma e é preciso urgentemente olhar para o Brexit e esta eleição como um grito de revolta, por políticas laxistas de descontrolo total, inércia e incompetência para resolver questões que mexem com a segurança das pessoas.

Não foi o Trump que venceu hoje. Foi o medo. O medo que ninguém no planeta se dignou a combater eficazmente e em união com todas a Nações. E vai fazer mais vitórias como esta se os discursos da retórica do politicamente correcto não forem substituídos rapidamente por acção.

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