Cara Mariana, antes de lhe agradecer pelo novo imposto com seu nome, taxando património a partir de 600 000, deixe que lhe apresente meu avô. Se ele hoje estivesse vivo, ficaria a saber, graças a si, que era 1 homem rico. Que os anos a trabalhar na agricultura, outros nos Estaleiros Navais de Viana, outros tantos passados em África, e os restantes no mar, determinaram graças à sua grande capacidade de poupança, um estatuto invejável que nem ele sonhou: ser 1 homem rico. Felizmente para mim, ele era também muito altruísta e vendeu património para ajudar os filhos. É que sabe, isto de ter avós e bisavós poupadinhos e vir depois herdar tudo isto, é cá 1 carga de IMI que, se já me vejo grega com o que é meu, olha agora herdar e tornar-me também rica! Não é que não goste do estatuto. Mas convenhamos: isto de ser 1 rico pobre, é uma chatice…
Quando disse num tweet “Poupança ou riqueza acumulada ?Ricardo Salgado-riqueza acumulada. Trabalhador de banco-poupança.Diferença? O 2 já paga mts impostos e o 1ñ” , foi por isso que ALIVIOU os da riqueza acumulada, passando estes de 1% para 0,3% inclusive no património em offshores, e carregou com MAIS UM imposto em cima daqueles que acumulam poupança, que ANTES eram isentos? Também disse, “Taxar riqueza acumulada é: taxar a riqueza que permite q o n. milionários aumente e c/ isso acabar com sobretaxa irs da classe média” , devo depreender que esta nova criação de ricos a partir dos 600 000, é para aliviar a sobretaxa dos mais abastados?
Agradeço todo o esforço que manifestamente fez no sentido de nos tornar pessoas “ricas” à força só para aumentar a receita fiscal. Mas escusava de se ter esforçado tanto para no final continuar a favorecer os acumuladores… de riqueza.
Sem comentários:
Enviar um comentário