sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O PAI NATAL COSTA E SUAS RENAS

A Portugal, não podia ter calhado melhor Pai Natal. Bochechudo, barrigudito, rosadito, com ar bonacheirão, que espalha empatia por onde passa, com sua conversa fácil que toca o coração dos portugueses,  Costa é dos melhores pais natais que se poderia ter.
Ainda a época natalícia ia longe e já o nosso Costinha vestia a fatiota, distribuindo promessas do fim da austeridade. Era salários mínimos a crescer para os  600 euros, era pensões, reposições de cortes à função pública, o fim da sobretaxa…  Trazia um saco cheio de aumento de rendimentos que não demorou a distribuir à fartazana. Dinheiro não era problema. A Maria Luis fez um excelente trabalho e deixou cofres generosamente cheios. Vá lá…
Já mais para a frente, distribuiu o aumento de todos os  impostos indirectos e ainda inventou mais alguns. Quem não se lembra do famoso imposto “Mortágua” sobre o imobiliário, um sector que já tinha 4 impostos? Aqui, nos impostos indirectos, aqueles que cortam a eito sem olhar à condição social de cada um, mostrou o melhor da sua generosidade e foi mãos largas. Um pai natal à maneira.
Agora, vem com mais prendinhas para 2017 que chegam para todos: os lesados do BES vão deixar de ser lesados e passarão a ser aforrados por todos nós. Os prejuízos da Carris vão ser oferecidos ao contribuinte.  Teremos aumentos de 1,5% nos transportes públicos, pela 1 vez em 3 anos, com oferta de desconto nos passes mas só para quem tem IRS. Os pobres, que não têm esse privilégio, pagarão pela medida grande porque não é justo, claro está, não pagarem IRS e por conseguinte acumular riqueza com descontos em passes. Vai-nos oferecer também um aumento de 1,2% na água para cobrir custos, pois isto anda pelas horas da morte e é preciso fazer face aos “custos” com a “chuva de boys” colocados em chefias das Àguas. Será assim também, nas rendas, na luz, no gás, nos combustíveis, nas bebidas, no tabaco, no imposto de selo, no imposto de circulação, no alojamento local, na taxa audiovisual… e muito mais… Ufa! Já tinha saudades de ter carradas de impostos!
Mas calma que ainda não acabou. O nosso pai natal vai nos dar 1 novo aeroporto a juntar ao de Beja, que já rebenta pelas costuras de tantas aterragens de pombos e ainda, seguir com TGV, enquanto arrisca o fecho de escolas por falta de condições, põe corporações de bombeiros em iminente falência por falta de 25 milhões não pagos pelo Estado no combate aos fogos deste verão, estica para 66 anos e 3 meses a idade de reforma dos PRIVADOS, perde 28 milhões de ajudas aos mais necessitados, manda bugiar os professores do privado.
Com tantas benesses, a popularidade não parou de subir. O que revela um país que adora masoquismo como modo de vida. Somos o maiores em autoflagelação. Mas é por uma boa causa. Porque a felicidade é tudo. Já chega de gente sisuda que  só apregoa desgraça e impõe regras.  Antes falidos mas alegres.
Atrás dele as  renas audazes que puxaram este trenó. A rena  “  Rudolfo Catarina” vai à frente iluminando e dando palpites; a rena “ Trovão Jerónimo” logo a seguir sempre do contra; o  “ Raposa Nogueira” que agora já se borrifa  prós professores; a rena  “ Impinadora Carlos César” das bocas foleiras; a rena  “Dançarina Galamba” que baila ao som dos ventos; a rena “Cometa Mariana” com síndrome de estrela; a rena “ Cupido MRS” dos afectos; a rena “ Corredora Centeno” correu com tudo na CGD; a rena “ Relâmpago Tiago” que fulmina  exames.
Sem dúvida uma equipa fantástica que promete!
Um bom Natal a todos!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

CARO PRESIDENTE MARCELO...


…confesso que já não suporto mais ouvi-lo dizer que tudo está bem. Que temos estabilidade. Que o país está a crescer… Deste governo que nos mente descaradamente para se manter no poder, não esperava outra coisa. Mas de um Presidente da República que dizem ser de afectos pelo seu povo, decididamente não!
Portugal, a partir de 2016, aumentou a dívida em mais 14 mil milhões. São 51 milhões de euros POR DIA contra  19 milhões em 2015, que outros estavam a baixar. Como pode dizer que o país vai bem, de sorriso rasgado na cara, se com crescimento quase nulo, quase triplicamos a dívida, só com despesa directa do Estado? Como pode também encobrir o embuste do défice, feito à conta do registo dos gastos directamente na dívida, sem passar pelo orçamento? Porque teima, juntamente com eles,  nos iludir?
Eu sou mãe. E sei que afecto é dizer “não” no momento certo. Que um “puxão de orelha” faz parte de “pôr no bom caminho”. De si,  esperava que obrigasse a corrigir a trajectória de quem nos empurra, de novo, para o abismo de 2011. Que ao invés de passar a mão na cabeça de quem governa sem responsabilidade, lhes retirasse algum ar naquele ego inflado que, com  sua benção, não se importam com a herança que deixam de miséria aos nossos filhos. Se viajasse mais cá dentro, saberia  que os hospitais estão em ruptura financeira. Que as escolas também. Que os transportes parecem dum país do 3 mundo.  Que 99% do tecido empresarial são PME privadas sufocadas por impostos e caucionadas por falta de tesouraria graças às cativações grotescas do Estado, que finge ter tudo controlado. Que a classe média suportou no OE2016 um aumento obsceno de impostos e vai voltar a suportar mais um  no OE2017 só para manter vivas e de boa saúde, as clientelas deste governo.  Viajar pelo Mundo, quando se tem um país como este, moribundo,  não é afecto. É abandono.
E seu afecto infelizmente, não é pelo seu povo.  É pelos ilusionistas  deste governo, que já por tradição, nos penhoram a vida sem vergonha na cara. Quem nos vai valer a seguir? Que vai dizer aos credores de Portugal, aqueles que nos põem comida na mesa e que tanto desprezam, quando lhes faltar a paciência?  Que podem continuar a nos emprestar mais dinheiro porque somos um povo afetuoso apesar de não cumprir acordos? Quando a estabilidade não depende só de nós, não devemos brincar com ela. Porque  este país não é a Legolândia e nós, Presidente Marcelo, não somos bonecos.
Se a presidência é como ser  um árbitro, permita que lhe diga: está a  deixa marcar golos com as mãos. E isso é batota que vai sair cara ao orçamento doméstico de cada português.
 Mais uma vez.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

PASSOS COELHO AINDA NÃO GOVERNOU

No governo de Sócrates, o  país gozou de uma prosperidade "caviar socialista" onde não faltou festa em todo o sector público. O dinheiro que caía do céu aos trambolhões, "made in" UE, dava para tudo. Não houve, na história de Portugal, período de maior regabofe que este que nos hipotecou por décadas. Nele nasceram os piores negócios ruinosos de sempre na CGD,  com SWAPS e PPP. Depois da festa, Sócrates cortou pensões e salários dos funcionários públicos para manter o barco à tona e subiu IVA. Mas o buraco no casco era tão grande que em Março de 2011, já só havia dinheiro para pagar mais um mês de salários e pensões. Estávamos falidos. Teixeira dos Santos chama a Troika e  o memorando de entendimento foi assinado. A UE resgatou-nos.
Dizer-se que quem veio a seguir, governou, é desonestidade intelectual. Na verdade, veio cumprir o que tinha sido acordado pelo governo anterior. Portanto, na melhor das hipóteses, veio aplicar o receituário ao doente, prescrito pelos médicos do anterior executivo, ou seja, cumprir deveres assumidos. Sem alternativas. Recebeu um país doente , quase moribundo, que era preciso curar antes de o pôr a produzir bem estar. Por isso, não pode ser imputada nenhuma responsabilidade pela austeridade imposta. Os cortes nos salários e pensões já tinham sido feitos. O aumento do IVA para 23%, também. As outras decisões estavam definidas no memorando. Governar era a fase seguinte. Aquela em que, depois de cumprida a missão de resgate, o país, já estabilizado, retomaria seu caminho. Esse percurso foi de facto iniciado. Mas foi abruptamente interrompido por eleições.
Sem vencer nas urnas, o nosso "Indiana Jones" português, não perdeu tempo. Sabendo dos cofres cheios, transformou-se em salteador da arca, e apoderou-se do poder enquanto havia dinheiro para gastar. Uma manobra de mestre, diga-se, que, à conta de todo o esforço sofrido dos contribuintes durante 4 anos, pagou promessas eleitorais a uma classe amplamente privilegiada, com rendimentos acima da média e deu umas migalhas para os asnos do privado. A popularidade subiu. Pelo meio, repete incessantemente que o Passos é quem tem  a culpa das dificuldades impostas aos portugueses porque, claro,  vem aí mais eleições e  o dinheiro está a acabar. Por isso há que ser rápido antes que a  máscara caia…
Quem governa efectivamente e sem desculpas, é Costa. Porque recebeu um país sem Troika, que no 2° trimestre de 2015 subia a procura interna (3,7%); subia exportações (7,1%); subia investimento (5,2%); subia crescimento (1,5%). Mas em igual período deste ano, e sem explicação plausível, sem crise pelo meio, a sua geringonça baixou todos os indicadores para valores miseráveis. Baixou todos alto lá! O défice aumentou de 49 milhões para 933 milhões. 
Ninguém pode dizer como seria efectivamente se  Passos tivesse governado, mas a avaliar pelo pouco legado que deixou,  teríamos, seguramente, à semelhança de Espanha, um franco crescimento, e consequentemente mais emprego, menos impostos,  juros mais baixos, reposições graduais sustentadas de rendimentos, menos dívida. Nesse âmbito, teria havido espaço para implementar políticas sociais que estiveram comprometidas com o resgate.
Mas Passos não governou… ainda.  Não teve tempo. Resgatou apenas  um país da bancarrota e isso faz toda a diferença.
Que o diga Mário Soares, que em 1983, depois dele mesmo ter  falido e resgatado o nosso país, afirmou: “Fez-se a política de austeridade, sabendo de antemão que era tremendamente impopular, embora imprescindível. E, efectivamente, fez-se sangue. O poder de compra diminuiu, houve salários em atraso, contratos a prazo, falências… Era inevitável. Mas a verdade é que não havia outro caminho.”
Porque em boa verdade,  nas falências não há políticas de direita nem de esquerda. Segue-se o receituário da cura. Governar é sempre a seguir.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O PISA PISOU-OS A TODOS

Mas que grande chatice. Agora que os meninos vão ter educação sexual no pré- escolar, aprender sobre o aborto no 5° ano,  podem passar com 7 negativas, já não têm exames no 4° ano, os professores são incentivados a não destruir a felicidade dos meninos nem a frustrá-los,  para serem futuros profissionais felizes mais do que competentes, assegurando que estas políticas são as que fazem crescer o sucesso escolar, eis que surge os resultados do TIMNS e do PISA a estragar tudo. E não é que no período entre 2011 a 2015, liderado pelo terrorista da educação, Nuno Crato,  Portugal dá um salto qualitativo que o coloca  à frente, acima da média da OCDE?
Perante tamanho bidão de água gelada, os malabaristas do governo não perderam a pose e logo se apressaram a retirar o mérito a Nuno Crato, esse tão proclamado autor do caos educativo que motivou  manifestações a torto e a direito, alegando que nos tornaria competitivos para disputar os últimos lugares das tabelas.
Ficamos então a saber que os excelentes resultados obtidos por estes alunos se devem aos pais. Isso mesmo. Os papás dos meninos que por serem mais instruídos que no tempo dos nossos avós, ajudaram os filhos na excelência. Nem professores, nem os alunos, nem as políticas de exigência e rigor de Nuno Crato estão de parabéns. Os papás é que são os heróis da proeza. Esses mesmo, que apesar de mais instruídos, completamente estafados porque passam mais tempo no emprego, ficam horas infinitas no trânsito, chegam tarde e mal têm tempo de estar em família, ajudam nos TPC. Mesmo que haja estudos que  revelam que os pais de hoje admitem  ter menos tempo para ajudar filhos na escola.  Suspeito que serão eles, os que resistem a essas estatísticas,  a levarem os diplomas dos filhos. Afinal, quem trabalhou para este sucesso? Eles claro! Seja feita justiça!
Isto de reconhecer o mérito de governantes anteriores pelas medidas implementadas que levaram ao sucesso, não é para gente sem capacidade liderança. E como não podem acusar pelos maus resultados amplamente anunciados em propaganda do “bota abaixo”, retiram o mérito por outras vias. O carácter de quem nos governa avalia-se por aqui. Essa incapacidade de valorizar e manter o que está bem só para não ter de admitir que o anterior executivo fez coisas muito bem feitas.
O PISA pisou-os a todos no dedo grande. Bom, na verdade, esmagou-os. Sei que dói, que custa imenso, mas nestas alturas fica bem deixar o orgulho de lado e admitir que erramos. Demonstra carácter e dá credibilidade a quem governa. Duas coisas que faltam em larga escala na geringonça.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

AS LAPAS NÃO COMEM SAPOS


Confesso que inicialmente sempre pensei que esta aliança do PCP e BE com os socialistas, iria durar pouco. Isto porque, como é lógico, pelo radicalismo destes, via grandes dificuldades no entendimento uma vez que defendem políticas diferentes. Porém, o tempo mostrou que estão aí para durar. Começou-se então a dizer que eles andavam a comer sapos. Mas a realidade é bem outra. Eles afinal, são lapas e as lapas não comem sapos. Acoplam-se. E estas saciam-se de poder.

É este o verdadeiro segredo deste sucesso governativo que até ao Costa surpreendeu. Quando tudo apontava para grandes dificuldades e possíveis ruptura, eis que as “blocas” e Jerónimo estão de pedra e cal no poder, sem sinais de mossa. Berram, criticam, ameaçam, mas tudo show-off. Tudo discurso dirigido aos seus eleitores que tratam como iletrados incapazes de fazer uma análise lúcida do que realmente estão no Parlamento a fazer. Enganar.

Eles não são peixe nem carne. Por isso, agora no poder, já deixaram cair os ideais que os definiam.   Aceitam toda a austeridade que Costa cria. Enaltecem o governo no cumprimento do défice imposto por Bruxelas. Assinaram aumentos de impostos no OE2016 e OE2017. Não se enojam com aumento das subvenções vitalícias,  com a isenção do IMI para partidos, o chumbo do imposto sobre fortunas e enriquecimento ilícito. Não se importam com despedimentos de cerca de 2500 funcionários da CGD. Não se escandalizam com o fim de tectos para salários de administradores. Não se revoltam com quase 4 mil milhões de impostos para recapitalização de um banco. Não exigem demissões por via da novela da CGD, nem da Galpgate, muito menos pelos falsos doutores que proliferam neste governo. Nada.

Porque as lapas acoplam-se. Agarram-se com força ao seu “hospedeiro” para não cair. E quanto mais as tentam descolar, mais elas se agarram. O poder fascina-os. E vale tudo para não o perder.

Hoje o objectivo tornou-se muito claro: aguentar, com todas as adversidades para ter tempo de fazer a revolução silenciosa que nos levará a uma sociedade marxista. E essa revolução, quer queiramos, quer não, já se iniciou. E tal como as lapas que só de faca saem das rochas, esta gente, agora, só sai à força porque nada do que vier a ser aprovado pelo Costa as demove a desistir.

São lapas e as lapas acoplam-se até morrer.

SOMOS GOVERNADOS POR COMUNISTAS


Longe vai o tempo em  que o socialismo por cá era democrático e moderado. Com a entrada burlesca do “carismático” Costa, aderimos  silenciosamente ao comunismo. É claro que ele nunca o disse abertamente mas convenhamos, quem dá a mão a comunistas para fazer uma aliança, se não concordar com essa doutrina? É por demais evidente que Costa é mais comunista que socialista e não precisou de concluir um ano de governação para que fosse iniciada a revolução pacífica que nos levará a essa mudança completa. Confuso? Acha que exagero? Vamos lá então tirar a prova dos nove.

Comecemos pela forma como se apoderou do poder. Sim eu bem sei que está na Constituição mas que diabo, não seria pois, mais democrático, entender-se com a coligação vencedora, uma vez que era a legítima maioria, mesmo que relativa,  nas urnas? Era. E foi o que aconteceu no passado com Soares. Mas Soares era socialista e o Costa é comunista. E um comunista é sempre totalitário e toma o poder, para si, à força.  

Tomado  o poder, havia que assegurar as chefias. Assegurar o controlo absoluto de toda a administração do Estado. Colocou-se 1300 boys extras de uma assentada, com mais 159, agora (valor mais alto de sempre), da noite para o dia, com demissões antidemocráticas, muitas vezes anunciadas primeiro nos jornais. Assim, com a máquina do Estado controlada, o domínio é quase absoluto e os interesses das clientelas assegurados.

Depois são  as  leis que, quando não se ajustam à medida  dos interesses instalados, são alteradas, sem dar cavaco a ninguém. Quem manda, pode, certo? Se alguma coisa corre mal, sacode-se a água do capote e “executa-se” na praça o desgraçado que teve a ideia de aceitar fazer um acordo com o poder, para assumir um simples cargo de Direcção de um banco.  Porque aqui, a culpa morre sempre solteira, do  lado dos que governam. E ai  daquele que  ousar pôr em causa a  honestidade intelectual dos governantes.  É simplesmente “aniquilado” por querer manchar  o “bom nome” do seu fiel líder. E se for alguém do Estado a prevaricar? Não há problema porque o assunto fica encerrado.  

A seguir, monta-se uma máquina de propaganda eficaz que controla  a comunicação social para promover o líder e vender um país que não existe, com o patrocínio do Presidente, e onde se repete até à exaustão, que tudo está a correr lindamente, mesmo com o sistema todo a colapsar. Não sei porquê, agora lembrei-me daquele vídeo lindo de autopromoção da Síria para o turismo… Mas continuando… Se os números não ajudam à propaganda, alteram-se os critérios e logo os  rankings colocam de imediato os piores entre os melhores. E se as estatísticas também não ajudam? Ampliam-se os gráficos. Mas, se mesmo assim, não for suficiente? Esconde-se as contas no OE. O que é preciso é vender um país próspero, custe o que custar.

Não se apoia a economia. Não se respeita o patronato.  Mas taxa-se  tudo o que mexe , as vezes que forem necessárias para alimentar um Estado "tirano", que centraliza tudo o que pode, mandando depois  a conta da despesa para o cidadão, com a maior cara de pau, dizendo alegremente,  que é por um melhor Estado Social. Mas falha na saúde… Falha na educação… Cria caos nos transportes… E altera os critérios que  reduz o acesso aos apoios...

E se morre um ditador tirano e sanguinário? Aprova-se  um voto de pesar no Parlamento.

Ainda tem dúvidas que somos governados por comunistas?

UM MINUTO DE SILÊNCIO PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA


É incompreensível o que aconteceu na Assembleia da República Portuguesa, aquele lugar onde,  supostos representantes do povo, decidem as nossas vidas. Como foi possível aprovar, em pleno século XXI, dois votos de pesar pela morte de Fidel Castro,  ditador sanguinário, mas ficarem sentados a fazer o “manequin challenge” na ovação ao Rei de Espanha, país vizinho, democrático e amigo de Portugal? Que criaturas são estas a representar-nos no Parlamento?

Vergonha. Uma profunda vergonha. É o que sinto como cidadã de um país europeu, livre e democrático (por enquanto) quando vejo centenas de deputados a matarem os princípios de liberdade e democracia pela qual o Mundo inteiro tanto lutou ao apoiar abertamente ditaduras sanguinárias, onde não faltou elogios e semânticas românticas. Homenageia-se um ditador tirano que tem mais sangue nas mãos que todos os outros juntos, que fez de uma ilha uma cadeia, que levou seu povo à miséria enquanto acumulava uma fortuna, que manteve o povo refém da sua vontade impedindo eleições livres e democráticas, que transferiu o poder para o irmão como se de uma dinastia se tratasse. Um assassino. Um tirano. Um opressor. Um hipócrita capitalista.  Que senilidade é esta?

Se no passado havia desculpa por não se saber as consequências destes nacionalistas obcecados, hoje ninguém tem dúvida sobre a malvadez destes homens dispostos a tudo para assegurar o poder, instaurando um regime opressivo para limitar qualquer liberdade que possa provocar a sua derrocada. Não se trata de uma doutrina. É um embuste encapuzado, tão somente para atingir um fim: o poder absoluto. Onde depois, longe dos olhares dos povos, vivem de acordo com o modelo capitalista. Pensem: se eles acreditassem no modelo comunista, que impõem ao seu povo, não viveriam de acordo com ele? Pois…

A única evocação que deveria ter sido feita era “Fidel morreu. Vamos ajudar agora o povo cubano a recuperar a liberdade e dignidade humana que lhes foi negada”. Ponto final. Porque a única homenagem digna seria ao povo que heroicamente resistiu à macabra ditadura que separou famílias, matou entes queridos, exilou milhares e fez mirrar os que ficaram. E nós, os parvos do costume, patetas assumidos, a enaltecer, junto com a Coreia do Norte, Venezuela e Rússia, este monstro cubano, enquanto em Cuba o povo vira as costas em manifesto, às cinzas do Fidel. Vergonha.

Perante isto, o que tem de ser feito, isso sim, é um minuto de silêncio pela nossa Assembleia, que esta semana matou a liberdade, matou a democracia, matou a defesa pela igualdade, desrespeitou os direitos  humanos num inqualificável louvor  a um ditador sanguinário.

Mataram ainda o direito de algum dia se pronunciarem em nome da liberdade e democracia.  Porque a hipocrisia tem limites.