segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Quer Conhecer o Carácter de Alguém? Dê-lhe poder!

Digam lá o que disserem, o caso CGD está a ser espantosamente revelador. É uma autêntica injecção contra anos de falsas teorias de que a esquerda é moralmente, eticamente e politicamente superior à direita. Num espaço de apenas um ano, com elas todas no governo graças a esta aliança inédita de Costa com comunistas e radicais de esquerda, podemos testemunhar que esta governação opaca, onde não faltaram mentiras, maroscas, ilegalidades, inconstitucionalidades e abusos de poder, já ultrapassou a média anterior. E não vai ficar por aqui…
Incapazes de admitir os erros, assim que são apanhados em flagrante, contorcem-se todos como minhocas desprovidas de espinha dorsal, mas pouco se ralando com isso. Mantêm a postura com a maior cara de pau, sem complexos por não serem sequer convincentes. E ainda acrescentam mais umas quantas mentiras para povo ignorante comer. Afinal, mentir em governação não é crime a não ser nos países desenvolvidos. Por isso, estão safos. E depois, quando se tem um Presidente da República a defender o indefensável por estar metido até ao pescoço nas mentiras do governo, melhor ainda. É ele próprio a encerrar o assunto "morto" por diversas vezes, mas que não consegue enterrar. A não ser a ele próprio...
Junte-se ainda a prestação deprimente de Mariana Mortágua, a tal menina tão tenaz a crucificar banqueiros em CPI’s e Galamba, o eterno boy contorcionista do PS, que numa tentativa desesperada de branquear as culpas de Centeno, Marcelo e Costa, “eutanasiaram-se” ao vivo e a cores, em directo na TV. Incrível. Um momento épico digno de registo para memória futura. Para não falar de Estrela Serrano que veio colocar a cereja no topo do bolo afirmando taxativamente que Domingues foi útil na capitalização da CGD junto da UE, logo, usá-lo desta forma era perfeitamente aceitável. Assim sendo, a culpa é de quem se pôs a jeito. E afirma-o com toda a clareza sem medo… Simplesmente assustador.
Assim, como se não bastasse a incapacidade de gerir o país com políticas responsáveis, acrescenta-se a falta de carácter e qualidade humana de todos os protagonistas desta criação a que lhe chamaram e bem, geringonça. O problema é o rasto destrutivo que deixa na sociedade. Porque não se limitam a gerir mal: provocam falências. Não se limitam a mentir: destroem a credibilidade de um país inteiro quer internamente, quer perante o exterior. Não se limitam a usar o poder: amordaçam todos (cidadãos, comunicação social, oposição) os que puserem em causa seus lugares.
Agora, e por muito que tentem, jamais poderão esconder que as belas teorias marxistas apenas escondiam, aqui como noutros lugares do Mundo,  a sede de poder que depois de saciada, provocou amnésia nas mentes brilhantes dos defensores do povo para  transformar a governação numa ditadura de esquerda.
Já dizia Abraham Lincoln e muito bem: “... se quiser pôr à prova o carácter de um homem, dê-lhe poder”.
Fact check!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Mentira, Corrupção e Abuso de Poder Não tem Cor Política

Era uma vez um segredo que Centeno queria esconder. Não queria que se soubesse que acedeu negociar condições particulares com futuros administradores do banco público. Que essas condições visavam para além do termo dos tectos salariais, isenção de apresentação das declarações de rendimentos. Como não podia decidir sozinho, informou Costa. Como Costa precisava de contornar a questão da inconstitucionalidade, falou com Marcelo. Marcelo falou com Centeno e Centeno enviou SMS para Domingues. Tudo resolvido. Tudo acertado. Até ao momento em que tudo isto chega ao conhecimento público…
A bomba estourou-lhes nas mãos. Atrapalhaditos, todos resolvem mentir: o Centeno diz que foi apenas “erro de pecepção mútuo” (vai-se lá saber o que isto é); o Marcelo diz que não há provas documentais assinadas ( tinham de ser também reconhecidas notarialmente, digo eu...) e redobra confiança no “senhor das percepções erradas”; o Costa remete-se ao silêncio enquanto o palco arde mas deita alguma água sobre Centeno que classifica de admirável ministro das finanças (a distracção e comédia é seu forte ). Mas nenhum assume nada. Isolado, Domingues promete mostrar SMS. Marcelo vê as primeiras e não gosta do que vê. Avisa que só não deixa cair Centeno  para manter estabilidade financeira. As coisas complicam-se…
Até que chegou o dia de ver todas  as SMS. E não é que Centeno implica Marcelo nas ditas? Com o rabo a arder, Marcelo indigna-se com a devassa e dá o assunto por encerrado. Atrás dele, o Costa. Atrás do Costa as eticamente correctas do BE e atrelado a estas, PCP. A lei da mordaça instala-se. É o boicote declarado às SMS e CPI para pôr fim ao que não lhes convém que se saiba. Porquê?
Chamaram-lhe novela da direita para provocar instabilidade na CGD e privatizá-la (mas que grande lata!!!). Eu chamo de abuso de poder, seja lá de que cor for,  para impedir o acesso à informação legítima e obrigatória à luz da lei da transparência no sector público. E qualquer retórica fora deste âmbito é pura manobra de distracção para proteger maus políticos cuja a irresponsabilidade é paga por todos os contribuintes. Digo mais: esconder o que se passa na CGD (com ou sem SMS) ou noutro sector qualquer do Estado, é simplesmente criminoso e antidemocrático.
O problema é que o povo português ainda não aprendeu a exigir dos governantes uma conduta ética intocável na condução da Nação. Vêem um lado e outro como se de futebol se tratasse e ao invés de os culpabilizar pela má performance política, relativizam argumentando que os outros também o eram, sem perceber que estão a trair-se a eles próprios. Com isto dizem à classe política que não se importam que abusem deles (contribuintes) desde que sejam do mesmo “team” e assim, a porcaria em vez de acabar aumenta a cada ano. E eles riem-se. Claro. Contentes por terem um povo ignorante que manipulam a seu bel prazer sem escrúpulos.  
Enquanto assistirmos passivamente a estas e outras novelas políticas, consentindo que continuem a sacanear os  contribuintes sem nos unirmos nestes temas, teremos sempre políticos medíocres,  de condutas medíocres, com políticas medíocres à frente do país.
Porque a mentira, a corrupção e o abuso de poder, não tem cor política. Tem falha grave de carácter. E permitir isso faz de nós, enquanto povo, exactamente mais do mesmo.
Os políticos reflectem sempre a imagem do povo que os elege.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Não São Tricas Meus Senhores! São Maroscas Consentidas!

Em Bucareste, um mar de gente inundou as ruas em protesto contra os planos, vou repetir, planos,  de um governo de esquerda que queria despenalizar delitos de corrupção e abuso de poder  e ainda amnistiar condenados por corrupção. Não arredaram pé durante 7 dias e exigiam a demissão do governo. E em resposta  a pretensa lei caiu.
Por cá, temos políticos a irem à bola de borla pagos por empresas em litígio com o Estado. Temos gente no governo com falsas habilitações. Um governo que desresponsabiliza autarcas pela gestão danosa. Um banco público que se recusa a cumprir ordem de tribunal para apresentar documentos à CPI. Temos um decreto-lei feito por advogados privados encomendado por gestores convidados para um banco público, que depois é publicado durante as férias da Assembleia e promulgado pelo Presidente da República. Temos Comissões  Parlamentares que param a meio porque a geringonça não quer nem ouvir mais testemunhas nem prosseguir com os trabalhos de apuramento da verdade, só porque não lhes convém. Temos depois um ministro das Finanças que nega ter negociado condições com ex gestor de banco público mesmo que hajam cartas, declarações públicas e mails em quantidade suficiente para o contradizer. Mas… por cá isto tudo não chega. Somos um povo tipo “hardcore”. Gostamos de sentir até ao limite as emoções. Somos sadomasoquistas. Não nos contentamos com as 50 Sombras de Grey.  Queremos mas é, as 50 Sombras Mais Negras. Muito mais negras… Ah! Grande povo resiliente!
Somos assim. Temos um défice cultural gigantesco em matéria de ética. E é por isso que não nos chocamos com o que está a acontecer com o dossiê da CGD que é mais do que suficiente, sozinho, para fazer tremer um governo inteiro noutros países da Europa. Grande parte dos cidadãos acham até normal que os políticos mintam e usem o poder em benefício próprio. Faz parte, dizem alguns.  É a cultura da “cunha” e “chico espertismo” perfeitamente aceite  nesta sociedade.
Por isso é que a geringonça em peso mente e desmente, põe e dispõe desta novela “criminosa” onde descaradamente o poder é exercido de forma antidemocrática, com tiques autoritários, escandalosamente autorizados e “vendidos” pelos governantes como correctos, sob a complacência de um Presidente da República nomeado para defender os interesses da Nação mas que pouco se rala com ela.
O que outrora era digno de manifestações em massa, paralisações nacionais a exigir demissão do governo (com toda a razão), hoje são apelidadas de meras tricas… de assassinato de carácter… de manobras da direita para distrair dos bons resultados titânicos do défice (sim, disse titânico de propósito).
Mas não são tricas meus senhores, são maroscas das grossas e obscenas arquitetadas pela geringonça que nos governa, “legalizadas” por todos nós que assistimos a elas com uma benevolência estonteante. Ao legitimar com nosso silêncio estas acções estamos a dar liberdade à continuação de abusos que atropelam a democracia.
Não são tricas meus senhores! São maroscas ilegais permitidas por nós!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Bush, Clinton, Obama, Hillary e Trump

Eu não gosto de muros como aquele que Clinton construiu na fronteira com o México e  que agora Trump promete concluir os kms que faltam. Nem do discurso de Clinton em 1995 e Obama em 2011 que Trump resolveu copiar para justificar a necessidade de expulsar e impedir a imigração ilegal. Nem  de restrições à migração de pessoas, nem da lista de países a banir, criada por Obama, e que agora Trump resolveu tirar da gaveta. Mas entendo a emergência das medidas:  proteger. Não é esse o dever do Estado? Desde quando a segurança é uma questão política de esquerda e ou direita? Porque razão são boas se praticadas por uns, odiosas se forem praticados por outros?
Detesto ver a hipocrisia em que vivemos. No faz de conta que não sabemos que o “hoje”é consequência do “ontem”. Que o terror foi criado, fomentado e amplamente alimentado por Bush, Cameron, Hollande e Obama sem oposição. Sem indignação. Sem revolta. De quem foi ideia de bombardear Iraque sob 1 pretexto falso de armamento de destruição massiva nuclear? De quem foi a ideia de armar e preparar os rebeldes guerrilheiros? De quem foi a culpa de vender armas ao governo da Arábia Saudita, principal financiador assumido do EI em troco de fundos para Fundação? Quem insistiu em combater com bombas o EI que cairam indiscriminadamente sobre civis? Quem dizimou a Síria provocando o êxodo? Quem? Desde 2001, o ano do colapso da Torres Gemeas que combatem estes doidos e querem que acreditemos que 1 grupo de ratos do esgoto, ao fim de 15 anos,  não consegue ser banido  por 3 grandes potências mundiais?  Poupem-me.
Odeio ver a comunicação social a ajudar os políticos dos “sorrisos e afectos”, do politicamente correcto a fingirem que desconhecem os mails de Hillary   para se  perpetuar o negócio bilionário da indústria bélica. A mesma que silenciou nossa gente em Camarate. Fingir que não se sabe que é o dinheiro sujo de sangue que alimenta este horror sem fim. O mesmo dinheiro que paga aos governos para aceitarem refugiados dos países que bombardeiam… Mas que nós por cá queremos selecionar à Grécia. Porque somos bons a exigir aos outros mas somos exclusivos quando nos interessa. Tudo no silêncio da hipocrisia porque fingir é que importa. E nós fingimos que nos importamos. Por dinheiro… por políticas… por medo de perder votos…
Revolta-me que se feche os olhos aos problemas dos países receptores que amavelmente receberam milhares de gentes e hoje estão a perder sua identidade cultural pela atitude invasora dos migrantes muçulmanos, que ninguém pode contestar por medo de ser apontado como xenófobo. Que alguns já morreram assassinados por alertar contra este fenómeno. Que por ser politicamente incorreto se arrasta por receio de admitirem que falharam. Mas que entretanto escondem ou fingem que nada se passa. Pela sobrevivência política. Mais nada. E os judeus que nunca mataram ninguém, mas que continuam a ser perseguidos na França, Itália, Bélgica, Alemanha, Espanha. Quem se importa com eles como o fazem com os islâmicos?
E depois tudo se surpreende com as vitórias dos “trumps” e das “Marines Le Pen” como reacção ao medo. Medo que TODOS ignoram menos quem vive com ele à porta. Menos quem já conhece a islamização do seu bairro controlado pelo imã de acordo com a Sharia entretanto autorizada…  Onde estiveram os governos de todos esses países quando o medo tomou conta das populações? Que fizeram para repor a segurança dessa gente? Nada. Absolutamente nada. E agora há quem chame de energúmenos aos que por medo  votam em quem lhes promete segurança.
Assistiremos à morte lenta da UE se a cegueira continuar. Se não houver uma coragem para adoptar uma atitude “trumpista” em segurança por parte daqueles que comandam a Europa. Porque não há mal nenhum em reconhecer que erramos e de imediato corrigir. O mal está em ignorar, em negar pensando que irão conseguir que 1 utopia resulte onde em nenhum  lugar  vingou.
Isso sim, será o princípio do fim da Europa e do Mundo tal como o conhecemos. Não por causa de Trump nem de Le Pen mas apenas pela nossa inação da cegueira hipócrita do politicamente correcto.
É essa a verdadeira ameaça  deste século.

Alguém Sabe Dizer em que Escolas de Contrato de Associação Está a Chover?

Ainda bem que Tiago Brandão acabou com os contratos de associação de escolas que figuravam no top 50 das melhores do país e que de acordo com estudo feito, ainda por cima ficam mais baratas 400€ por aluno. Vejam só! Assim, deixou de haver concorrência com quem mais chuva mete, quem tem mais buracos no chão ou tectos a cair, quem leva mais cobertores para não ter frio. Tinha algum jeito haver escolas com excelentes condições no privado a serem comparadas com as degradadas e muitas, inacabadas do público, que a Parque Escolar  simplesmente ignorou? É desonesto. Assim, eliminadas deixam de existir para  as estatísticas. E mais nada!
Nascidas em 1980, estas escolas públicas de gestão privada tinham o objectivo único de colmatar as deficientes coberturas de escola pública existente em muitas zonas do país. Contudo, a sua eficiência fez com que no passar dos anos se concluísse que além de vantajosas em termos económicos, também o eram em qualidade. Foi por isso que Crato acabou com a obrigatoriedade desses contratos estarem dependentes da carência de oferta pública. Correctíssimo.
Mas teria que vir um Tiago Brandão associado a um Mário Nogueira, que nunca geriram nada na vida, para dar cabo disto tudo alegando que  a defesa do ensino público  e a poupança (???), assim o justificava. Então num universo de 79 escolas (mas que fartura), 39 ficaram de imediato sem contrato, alunos plantados a meio dos cursos, professores a meio do ano lectivo sem hipóteses de concorrer no ano seguinte, auxiliares na rua, escolas com currículo de excelência, encerradas. Definitivamente.
Tudo por uma poupança de 29 milhões… Os mesmos milhões mensais que fizerem falta para pagar o acréscimo de contratação nos gabinetes ministeriais do governo Costa… Coincidências fantásticas.
Tudo também pela defesa da coisa pública… Há que encher as escolas de alunos, à força, mesmo que não existam devido à baixa de natalidade e emigração.  Daí que a Escola Secundária Alexandre Herculano no Porto tenha em Março de 2016 feito parte de 1 estudo governamental indicando esta última como alternativa à recepção de alunos de escolas a encerrar. Sim, esta escola a cair de podre e em que os alunos e professores se recusaram a lá permanecer, era o sítio ideal para enfiar centenas de alunos sem escola. Mas estão a gozar com quem?
Os contratos públicos com gestão privada são excelentes instrumentos para tornar os serviços (sejam eles quais forem) melhores, mais eficientes e ainda,  mais baratos. Porquê? Porque o Estado apenas providencia 1 parte dos custos inerentes à  actividade ficando a cargo da entidade privada todos os restantes custos de manutenção, despesas correntes e melhoramento dos serviços. Em suma, além de mais baratos, não tem de assumir qualquer responsabilidade nem sequer em prejuízos que venham a ter, se os tiverem. Ao Estado compete apenas fiscalizar  essa gestão de forma a assegurar a boa aplicação dessas verbas, sem desvios.
Acontece que não se pode exigir muito dum governo que não sabe gerir sequer seu próprio partido. Contas não são de facto seu forte. Basta ver que no estudo por eles encomendado, os custos de 1 turma no público se resumiam a 2 professores! A sério?! Basta 22 alunos e 2 professores para abrir 1 turma? Não há despesas de instalação, custos de  equipamentos, luz, água, gás, auxiliares… Fantástico! Segundo esta teoria podemos abrir turmas no deserto.
O problema é que o Estado não gere bem o que é público e quando passa a gestão aos privados “esquece-se” de fiscalizar. E daí a desconfiança de muitos contribuintes sobre este modelo deveras eficaz e muito saudável para as contas públicas quando o Estado não se demite das suas verdadeiras funções. Por outro lado, às ideologias com bases marxistas não lhes interessa esse desvinculamento do Estado na sociedade, não porque estão a defender os interesses do povo, mas sim porque lhe diminui o poder de manipulação sobre essa sociedade. Simples.