quarta-feira, 16 de novembro de 2016

É SÓ ALDRABICE!

Ah! como eu gosto da aldrabice. Afinal a economia respira! Wow! Não importa se é apenas um suspiro de um moribundo quase a desfalecer porque recebeu uma  injecção que o mantém ligado à vida. O que importa é que respire. Mesmo que poucochinho… Crescemos 0,8% e anda tudo eufórico por uma melhoria anímica da economia com políticas desastrosas para o crescimento. No fundo é como alguém achar que é um garanhão na cama porque tem erecções a dormir… Ridículo!

Os meses de Junho, Julho e Agosto foram fantásticos para o turismo. Que o diga nosso querido governo que, logo que encontrou mais um filão para ir "tirar dinheiro a quem acumula dinheiro", criou o "grupo de trabalho Mortágua" e aumentou  o imposto do alojamento local para 35% como medida de "fomento" ao turismo, "à la socialista". Mesmo assim,   com o sector ainda a bombar, e vamos lá ver se se aguenta, estavam à espera de quê no 3º trimestre? Isto a juntar às exportações estimuladas com a venda dos F-16 da Força Aérea... O problema, agora, é saber-se se este "crescimento", se mantém ou se é mesmo só pontual. Resposta que logo virá com o final do ano aí à porta.

E por falar em final do ano, outras revelações sobre desempenhos fantásticos como o  controlo do défice, tão badalado pelo ilustre Centeno e Costa,  virão a lume. E as patetices do tipo “ah e tal as 35h não vão aumentar défice” ou “ah e tal a diminuição do IVA à restauração não será reflectido no défice” e ainda e mais estúpido “ah e tal a capitalização da CGD não entra no défice”, serão a meu ver, a caixa de Pandora.

Porque em economia não há politiquice de meia tigela que consiga dar a volta aos números. Ou é ou não é. Ponto final. Podem apregoar bons ventos. Prometer prosperidade. Mas se a matemática dos números não o confirmar, pouco adianta a retórica. Batemos no fundo certinho direitinho. Com apenas uma diferença: batemos, mas com estilo, estão a ver?

Com financeiros de meio tostão à frente das nossas contas, preocupa-me a imagem miserável que damos ao Mundo. Não passamos de uns agiotas de fato e gravata, que falam bonito  pra TV mas que pouco se importam se são tidos como incompetentes lá fora. Desde que não lhes falte, aqui, quem os ouça e acredite neles, para continuar a darem-lhes votos, o resto são tretas.


E depois há quem não entenda porque somos um país pobre e roto.

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