quinta-feira, 8 de setembro de 2016

SIM MARIANA! É PRECISO MUITA LATA!

Sim Mariana, é preciso ter mesmo muita lata, para deixar de estar na oposição, ter o poder nas mãos para finalmente mudar o que está mal, e continuar a culpar tudo e todos por esta prestação miserável de defesa dos mais pobres; de abolição da austeridade; de extermínio dos favorecimentos à classe politica. 

Sim, é preciso ter muita lata, para vir justificar com questões técnicas que não interessam para nada, porque se vai para Bruxelas com um esboço de OE, e se volta com outro muito pior, que repõe rendimentos por um lado, mas saqueiam-nos por outro. Quando na verdade, os mil milhões de austeridade, poderiam ter sido diluídos com a extinção das subvenções, que vão retirar aos cofres 17 milhões; com a redução drástica dos gabinetes que vão roubar mais 58,2 milhões; com a supressão dos prejuízos crónicos das empresas do Estado que contabilizam 2 830 mil milhões; com a revisão de salários, prémios e regalias dos administradores de topo do Estado; a revisão das rendas pagas pelo Estado de 120 milhões quando tem 24 mil imóveis sem utilização.

Sim, é preciso ter uma monumental lata para não fazer o que tem de ser feito, e cuspir em cima da UE, que nos deu a mão, quando Sócrates, finalmente admitiu que tinha falido o país. Há regras? São rigorosas? Mas foram aceites por quem assinou o memorando. Tudo é negociável, sim. E acredite que esse bónus virá se formos minimamente cumpridores.

Porque a UE, Mariana, não foi quem nos pôs em crise. Fomos nós. Nós que desde que ficamos livres da ditadura, nunca nos soubemos governar. Nunca soubemos ter rigor e responsabilidade nos gastos, e fizemos do Estado, a mãe de todos nós, que paga a irresponsabilidade com dinheiro dos contribuintes. A UE está preocupada com sua sobrevivência, sem dúvida. E cada membro que entrou para o clube dos ricos, aceitou suas regras. Nós, como forjamos as contas para poder entrar no "clube dos ferraris", andamos agora a ganir. É o preço que se paga por se querer tanto entrar, que até se finge ser rico, com contas de pobres. Percebeu? Mas foi graças a essa entrada que deixamos de parecer um país do terceiro mundo.

Lembra-se de Portugal em 1979? Claro que não. Nem era nascida, provavelmente, e é por isso que divaga na sua retórica.

Sim, é preciso ter muita lata!

2 comentários:

  1. Mesmo um grande LATAO . Estamos entregues a vermes.

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  2. Eu já era nascido em 1979, e apoio na integra as palavras da Mariana Mortágua.

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