quarta-feira, 22 de março de 2017

Offshores e Gestão Privada na CGD?

Se a hipocrisia matasse em Portugal, muitos políticos da ala esquerda cairiam fulminados com as recentes declarações sobre a Caixa. Dizia BE que recapitalização da CGD permitia que o banco continuasse público e por isso sentia-se confortável com issoCosta também garantia que o banco continuaria público após a operação. E Jerónimo, para não destoar, rezava pela mesma cartilha. Mas,” hélas! ” , não temos governo com palavra porque a palavra não serve para honrar mas sim, enganar. E aí com o maior desplante inimaginável, assistimos à privatização camuflada no… Luxemburgo! Querem melhor sítio para dissimular impostos enquanto se vende dívida perpétua a privados institucionais num total de 930 milhões? Vem agora a CGD dizer que esses boatos são infundados. Serão mesmo? Permitam-me que duvide.  Também assim  diziam quanto ao fecho de balcões e despedimentos… ou na TAP que dizem ser pública mas quem manda nela são os privados. O tempo dirá…
Claro que isto, sem ser dito assim, preto no branco, passa despercebido do cidadão comum. Até porque, como estou farta de o denunciar aqui, a comunicação social está muito bem “domesticada” e nunca divulgará alto e bom som estas notícias. Veja-se a SIC NOTÍCIAS que ainda há pouco falava da “privatização” 1 notícia online que misteriosamente desaparece (http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/cgd/2017-03-16-Investidores-privados-podem-tornar-se-acionistas-do-banco-do-Estado. Assim como nunca dirá com as letras todas que estamos perante uma fuga ao pagamento em Portugal de impostos e despesas de colocação onde serão ainda utilizadas 2 participadas nas Ilhas Caimão que farão passar largos milhões por essas offshores nos próximos meses e por isso milhares de impostos ficarão por pagar aqui em terras lusas. Sem o  controlo da CMVM. Muito “pouco estranho ” neste país de “sovietes”. Claro.
Ah! Mas calma que as mentiras não se ficam por aqui. Porque ainda há os ditos despedimentos que não iam despedir, os balcões a fechar que não vão fechar porque Catarina não deixa (???), o fim dos tectos salariais dos administradores do banco público que ninguém aprovou, ou seja, isto não é o que parece. Parece uma gestão PRIVADA de um banco PÚBLICO mas é mero erro de percepção mútua. Nada disto JÁ ESTÁ APROVADO EM BRUXELAS por Domingues para que fosse aceite a recapitalização pela UE. Nadinha.
Porém, a verdade é irrefutável.  E a verdade por muito que custe admitir é que um inédito governo de maioria parlamentar de derrotados, com BE,PCP e PS, está a permitir uma gestão PRIVADA num banco público, algo que abominaram sempre que foram oposição e já no governo, com a maior lata possível.
Assim, ficamos a saber que à geringonça interessa que o Banco Público continue na esfera do Estado para que permaneça oculta a roubalheira aos contribuintes, permita a continuação desse “exercício profissional da roubalheira” para proteger “o sistema” e puderem mandar a respectiva factura, sempre que fizer falta ao desgraçado do contribuinte que não é tido nem achado na hora de exigir responsabilidades.
É por isto que não querem deixar cair a designação”público”. Porque no dia em que isso acontecer, acabam as “gamelas” pagas pelo cidadão. Só isso.
Porque de resto será em tudo um banco privado menos na hora de pagar “contas”.

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