segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

"JE SUIS" ENERGÚMENO(A)

Caro Miguel Sousa Tavares,
Faço parte do grupo dos energúmenos do facebook e por isso, permita-me estas palavras:
A Soares eu não devo nada. Porque o combate contra a ditadura foi conquista de todo um povo em luta, gentes de norte a sul, materializado pelos militares de Abril, enquanto Soares fazia alianças com Álvaro Cunhal em Paris, visitava Rússia para angariar donativos, e recebia de Kadafi. O combate contra a ditadura comunista foi obra de Salgado Zenha, Grã Bretanha, EUA e militares portugueses. Soares foi apenas o burguês no exílio a quem a Internacional Socialista chamava de “Kerensky Português” e que seu amigo Zenha deixou que brilhasse com os louros.
Mas ele sim, deve-me e muito pelas 2 bancarrotas que nos trouxe miséria, pelas fundações para branquear donativos ao PS, a Fundação Mário Soares criada com dinheiro dos portugueses, o aberrante caso "fax de Macau", pelo abandono dos retornados a quem deixou à sua triste sorte. Deve-me ética e moral na condução deste país, onde não faltou cunhas para o filho, marfins e diamantes, ajudas a corruptos, solidariedade vergonhosa a "Salgados", "Sócrates", "Craxis" e "Gonzalez".
A rede que tanto despreza, é o canal através do qual o povo se expressa depois de uma Constituição feita à medida, por Soares e Cunhal,  lhe retirar o direito de o fazer no próprio Parlamento. Com toda a legitimidade.


Vou continuar a mandar calar meus filhos, na hora dos seus comentários na SIC, porque gosto de si, sem deixar de fazer uso desta minha liberdade  que Abril não conseguiu ainda dar pela totalidade, com a censura encapuzada na rede semeada ao serviço do establishment e que,  não se deve a quem quis silenciar quem lhe fazia oposição. A quem nunca foi verdadeiramente democrata e que ainda hoje, fruto desse legado Soarista, impõe presença de meninos no cortejo fúnebre com cobertura tendenciosa irrealista como na Coreia do Norte ou Cuba.

E se Soares se dirigiu como quis às grandes personalidades que partiram, porque haveria eu de ser diferente?

Se ser energúmeno é não ter medo de não seguir as massas e chamar os bois pelos nomes, então, sim! “je suis energúmeno(a)” com todo o gosto.

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