segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A CARRIPANA GRIPOU? CHAMEM AS ESGANIÇADAS!

Montaram uma “carripana” com motor velho, que só andava de empurrão, a que lhe chamaram Geringonça. Garantiram a Cavaco Silva que seria capaz de governar Portugal com responsabilidade e estabilidade. Diziam que ela – “a carripana” – estava bem de saúde e que se recomendava, mesmo a tossir como um  velho quase a cuspir os bofes. Entretanto a vida sorriu porque claro, enquanto há dinheiro para esbanjar, é só “paixão”…  O problema é quando o limite do cartão de crédito explode e… numa casa onde “não há pão”… e já não se pode só anunciar coisas boas… desentendem-se.
Enquanto esteve do alto do seu pedestal, firme e seguro,  Costa dizia que não precisava do PSD para nada. E deu-lhe férias prolongadas: não quis fazer uma coligação social democrata; nunca o consultou; “chumbou” na praça pública as suas propostas antes de chegarem ao Parlamento; nem o levou a concertação social da TSU. Desprezou-o até ao limite, com espaço para muitas faltas de respeito pelo parceiro da oposição. Mandou-o caçar Pokémons… literalmente.  Mas agora que as “esganiçadas” já não querem “conversa”, desolado, quer dar uma “facadinha no matrimónio” com o Pedro?
Se Passos não fosse um bom líder (porque o é, e de que maneira!), seria o “amante” ocasional perfeito do PS, que às escondidas aceitaria uma “noite” a troco de uma aprovação, só para manter as aparências de falsa estabilidade. Mas Pedro, tem princípios. Tem honra. Tem carisma. Tem um “casamento” fiel  aos que o elegeram. E isso, para os politiqueiros, é um problema sério…
É que grandes líderes não abanam nem caem com mesquinhices. A Passos, pouco lhe importa ouvir Ana Catarina Mendes questionar o seu lado na TSU. Pouco lhe importa a fúria do Presidente.  Pouco lhe importa que Marques Mendes o acuse de incoerência. Ele sabe, oh! se sabe, que o incoerente está do outro lado, aquele que em tempos na oposição, se contorcia contra a descida da TSU e agora, para se manter um poucochinho mais no poder, está desesperado para que ceda. Que agora treme porque, seguindo seu precioso conselho, Passos saiu finalmente do armário e está politicamente a fazer oposição.
Por outro lado,  para que serve uma maioria parlamentar se não é para usar? Porque BE e PCP não se opuseram à medida em 2016? Para fazer “política do chiclete” que mastiga tudo para depois deitar fora?
Todos os apoios às empresas merecem o meu aplauso. Mas esta proposta só incide sobre o salário mínimo. Logo é um forte estímulo a este. O que é erradíssimo. Por outro lado, a medida em 2014 era um incentivo provisório ao emprego suportada a 100% pelo subsector Estado ou seja impostos, enquanto esta medida de 2017, de carácter definitivo, vai buscar 50% do seu financiamento à Segurança Social, ou seja, a pensionistas. Nada comparável.
Ademais,  PSD  foi excluído das negociações na concertação social. Ponto. Não teve direito a se pronunciar.  Por isso tem toda legitimidade de se pôr de fora desta medida sucateira. Porque percebeu que isto foi jogatana política do Costa que já sabia que iria colocar Passos a puxar  a geringonça sempre que ela emperrasse.
A “carripana” gripou? Que chame as “esganiçadas” ou encoste e deixe outros governar com verdadeiro sentido de Estado e de responsabilidade. Simples.

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