quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O ORÇAMENTO DO SAQUE


E depois de meses de hibernação, deixando os assuntos financeiros a cargo da ministra Mortágua, eis que surge Centeno, com seu ar de menino perdido, a apresentar o tão esperado OE2017. Com o jeito desengonçado, e pouco convencido, lá nos foi dando a notícia que não é notícia. Afinal, todos já sabíamos a foiçada que vinha aí… no contribuinte, claro! Porque um bom orçamento, tal como afirma Estrela Serrano do PS, “é aquele que vai buscar dinheiro onde os orçamentos anteriores não descobriram que ainda havia para tirar”. Genial! Sai um prémio Nobel da Economia! Ora, assim sendo, presumo que  não tiraram aos partidos, aos políticos, aos gestores públicos porque não os descobriram, certo? E isto, diz Centeno, é um orçamento de esquerda. Façam o favor de anotar isso!

Como bom orçamento que é, de esquerda,  só se preocupa com a receita. Buscar, sacar, tirar o máximo aos bolsos do contribuinte para suprir os buracos financeiros abertos sem acautelar o futuro. Porque o futuro, diz Catarina,  “não interessa para nada, interessa é o daqui pra frente”. Entenderam?(??!) Por isso, durante 2016, reverteu-se, prometeu-se, repôs-se, e aumentou-se tudo sem questionar donde viria o dinheiro. Porque já se sabia, que o dinheiro assim que faltasse seria para sacar… Ah! Mas calma, só com impostos indirectos, os mais “justos”,  aqueles que não reduzem os rendimentos, dizem eles. Pois, não reduzem… de forma directa (no ordenado) mas vão aos bolsos de TODOS, por igual, quando vamos ao supermercado, ao pagar a renda, nos transportes… Sejamos pobres ou ricos.

Porém, e para animar a malta,  o Dr. Centeno “Mambo” prevê 1 aceleração do crescimento pela procura externa (já não é a interna), uma diminuição do emprego, uma redução da carga fiscal(??!)... Diz que o país, no seguimento das políticas de recuperação de rendimentos (sem criar riqueza), vai crescer, vai prosperar… como tem vindo a acontecer (??!). Mesmo com carga fiscal mais alta da UE. Vai sonhando vai...

É precisamente porque esta fórmula de esquerda é um sucesso económico que, sem bancarrota, sem troika, sem FMI,  vamos suportar mais impostos, neste OE2017 que em 2015.

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