quarta-feira, 19 de outubro de 2016

GUTERRES, O NOVO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU


É sempre um grande orgulho ter 1 português num lugar de destaque no Mundo: um Cristiano Ronaldo e Mourinho no futebol; um Egas Moniz nobel da medicina; um Aristides Sousa Mendes na diplomacia; uma Amália Rodrigues na música; um Durão Barroso na Presidência da Comissão Europeia e tantos tantos outros…Por isso, enche-me a minha alma portuguesa ao ouvir que Guterres será o próximo Secretário Geral das Nações Unidas.

Quando era primeiro ministro de Portugal, confesso que lhe via (e continuo a ver) nenhumas qualidades de liderança. Chamava-o  carinhosamente de “pinguim” porque era isso que ele me lembrava com aquele ar carinhoso a transmitir empatia e o caminhar característico que em tudo me fazia lembrar aquele simpático animal. Claramente manipulado por todos os lobies, inclusive do partido que liderava, parecia uma marioneta ao serviço das clientelas. Daí que não levou muito tempo para que arrastasse o país para o pântano do qual não saiu mais… E nem sequer aguentou sem se demitir… Um bom capitão nunca abandona seu navio a adornar…

Não ponho em causa, nem por um momento, o seu precioso trabalho na ACNUR. Dele e tantos outros que se empenharam arduamente nesta causa. Porém, quando se fala em liderar um organismo como a ONU, permito-me algumas reservas. Porque esta organização mundial, tanto quanto outras, precisam de gente com fibra, capaz de enfrentar interesses instalados para cumprir efectivamente os objectivos a que se comprometeu há 70 anos atrás. E nisso, sou céptica. Lamento.

Se a ONU tivesse tido lideranças à altura dos desafios, nunca estaríamos com tanta fome no Mundo, onde basta recuperar APENAS o desperdício dos países ricos, para acabar com a fome dos países pobres; não teríamos o desastre ambiental que se regista no planeta e que já esgotou  a sustentabilidade dos seus recursos ; não teríamos guerras a provocar genocídios e refugiados em massa; não teríamos países sem direitos humanos a traficar pessoas. Nem sequer o problema dos refugiados conseguiu gerir com eficácia. É o descontrole total.

Eu não tenho dúvidas da inteligência, que repetitivamente publicitam, de Guterres. Nem tão pouco das qualidades humanas que ele possui. Mas liderar, seja o que for, exige muito mais do que isso. Que o diga Steve Jobs, um aluno pouco brilhante e que transformou a Apple naquilo que ela é hoje. Um líder tem de ter estofo para lidar com quem se lhe opõe. Tem de ser capaz, de fazer frente a toda e qualquer adversidade, vinda de onde vier. Ser capaz de nunca desistir e por muito difícil que seja, seguir em frente. Ser capaz cair vezes sem conta, e levantar sempre, mesmo que desamparado. Um líder não se importa de caminhar sozinho se acreditar que aquele é o caminho certo. Foca-se 1 objectivo e só o larga assim que o concretiza. Não tem medo de falhar porque sabe que são aprendizagens e não fracassos. E essas qualidades,  Guterres não tem.

Mas porque a ONU é mais representativa que activa, sim, o cargo, fica-lhe bem.

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