quarta-feira, 22 de novembro de 2017

CARTA ABERTA AO BLOCO ESQUERDA


Cara Catarina, Mariana e Joana,

Depois de tomar conhecimento que vão levar ao Parlamento a legalização da cannabis para aprovar antes do fim desta legislatura, permita-me como mãe que lhe GRITE aqui minha revolta. Não compreendo como pode uma sociedade evoluir com esta obsessão em tornar a cannabis num produto acessível aos jovens. Como insistem em dizer que é uma droga inócua, como? Em pleno século XXI onde se faz campanhas para uma vida saudável, a comer saudável, a viver saudável, insiste-se em aprovar a livre circulação de cannabis, porquê? Tornar futuros adultos em seres adictos é evolução?

Entendo que gaiatas que podiam ser minhas filhas, que saem directamente das universidades e se “profissionalizam” em política, sem  qualquer noção do que é a vida nem da luta diária para se  pôr pão na mesa, proteger e criar filhos saudáveis,  vivam obstinadas por liberalizar esta maldita droga que “faz rir” por nunca ter visto as consequências dela nas pessoas que amam, nem tão pouco ter de se preocupar com isso por não ter filhos. Mas em pessoas que são pais, não! Não entendo nem aceito!

A maldita  droga apesar de proibida circula nas escolas entre os miúdos, que aos 13 anos já têm suas primeiras “experiências zen” em iniciação de drogas ditas “leves”.  E com a porcaria da propaganda falsa constante de que esta droga não vicia, nem sequer se sentem culpados e quem os tenta travar é rotulado de retrógrada. Mas a verdade nua e crua é que depois de experimentar, estes jovens, com cérebros em formação, tornam-se escravos dela. E o que começou por curiosidade e diversão passa a ser necessário sempre que se sentem ansiosos ou deprimidos. Altera-lhes a personalidade, quebra o rendimento escolar, ficam mais agressivos e intolerantes, numa fase já por si complicada. Porque ELA comanda, ELA decide, ELA exige assim que entra uma ÚNICA vez no organismo e estimula o centro do prazer. Ficam  a viver como um “doente” que não passa sem a “medicação” para se sentirem relaxados, seguros, enfim, normais. Isto é evolução?

Claro que a vós não vos preocupa porque vossos filhos quando os têm vão para as melhores escolas privadas  do país longe desta realidade. Não serão os ratos de laboratório das vossas brilhantes experiências.

Porque a legalização que querem da cannabis não passa  dum acto egoísta dos adultos que acham que as drogas recreativas são um direito e por isso esquecem (porque assim lhes convém), o mal que espalham nas sociedades vindouras.

Um jovem consumidor será  no futuro um adulto comandado por uma substância que lhe vai roubar o orçamento doméstico  e ainda  o tornará  menos saudável.

Querem acabar com o problema dos traficantes? Transformem a cannabis em medicamento acessível nas farmácias  mediante prescrição médica e o problema deixa de estar nas ruas.

Mas liberalização, não!

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