quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A ESCRAVIDÃO DOS IMPOSTOS EM PORTUGAL










É simplesmente criminoso o que se anda a fazer em Portugal anos a fio. Com uma irresponsabilidade arrepiante governa-se para a “compra” de votos sem qualquer preocupação com o futuro. Depois pede-se com ar muito sério austeridade ao povo português (que não inclui nunca a classe política) à qual se junta sistematicamente aumentos de impostos. Quando não chega o aumento aos já existentes, inventam-se uns quantos mais. Isto não é governar. É roubar.
O saque começa sempre pelos mesmos: os criadores de riqueza. A eles cabe a responsabilidade em primeiro lugar para pagar os devaneios dos políticos. Como aquele filho adolescente, estão a ver? que passa o tempo todo a exigir aos pais que lhe pague todos os vícios e luxos só porque acha que tem esse direito por ser filho. Ora o Estado age para com os empresários do mesmo jeito, considerando o lucro como um vício capitalista que é preciso controlar e manter em níveis baixos. É pecado ser criador de riqueza. Assim, penaliza-se a classe  com obrigações fiscais diversas sobre a empresa (IRC, tributações autónomas, PEC) e depois sobre os trabalhadores (seg. social, fundo de compensação, acidentes trabalho, subsídio alimentação, formação anual, higiene e segurança). Feitas as contas é assim: um trabalhador que leve um salário de 1000€ bruto, custará à empresa, por subsídios férias e natal, 166,6€ (1000 x 14/12=1166,6€), 277,08€ de segurança social (1.000€ x 23,75% = 237,5€ x 14=3 325€/12=277,08€),  11,66€ de acidentes trabalho (1000€ x 1% = 10€ x 14 = 140€ / 12 = 11,66€),  131,47€ de subsídio alimentação (6,83€ x 21 dias úteis = 143,43€ x 11 meses = 1.577,73€/12 = 131,47 €) num total de 1 581,81€ ao qual se junta AINDA as despesas, algumas variáveis, com formação anual obrigatória, fundo de compensação de 1%, higiene e segurança e 136 dias pagos anuais de trabalho não efectivo correspondente a fins semana, férias e feriados.
Depois vem o contribuinte que com seus parcos rendimentos tem de entregar ao Estado quase metade do fruto do seu trabalho a esse vigarista travestido  no IRS e outra vez na segurança social (11%).
Mas o confisco não acaba aqui. Depois, o Estado obriga a pagar IVA (entre outras taxas e taxinhas) de todos os serviços e bens transaccionados. Ora, enquanto nas empresas o IVA é dedutível, ao nível particular, tirando aquelas despesas mínimas mas com limites à dedução no IRS, o resto é pagar e não bufar. Ou seja, se nos retiram quase metade à cabeça para impostos sobre o trabalho, o resto acaba por inevitavelmente ir para pagar impostos directos e indirectos sobre casa, transportes, comida, luz, água, gás, roupa, educação e lazer (quando é possível). Ou seja, no fim das contas, ou nos cortamos em despesas ou ficamos a dever. Poupar? Bem isso é quase uma miragem pois tal proeza é só de quem consegue privar-se de muito e mesmo assim…
Um Estado responsável e competente não precisaria senão do IVA, cuja taxa até podia aumentar, para fazer uma boa gestão do sector, onde se tributaria apenas TODAS as transacções de bens e serviços. Porque esse é o único imposto justo e aceitável.  Em resultado teríamos um impulso na economia com investidores a guerrearem para criarem riqueza no nosso país, emprego a disparar, nível de vida a melhorar, pessoas mais felizes e motivadas porque veriam mais dinheiro ao fim do mês impulsionando o consumo, salários com muita mais margem de negociação logo muito melhores e acima dos miseráveis 585€ de mínimo nacional. Sim, o investimento cria riqueza e a riqueza, quando acessível a TODOS atenua as desigualdades. E sem grilhetas, as pessoas produzem mais porque sabem que o retorno do seu suor, é delas. Só delas.
O Estado actual é ladrão autorizado que empobrece tudo o que estiver à sua volta sem sequer dar o retorno a quem sacrifica. Por isso tem de ser reduzido ao essencial com limites expressos na Constituição, parar de tributar sucessivamente e procurar no futuro ALIVIAR reduzindo a carga fiscal até à razoabilidade para devolver a liberdade aos cidadãos.
Porque imposto é escravidão, é roubo aos indefesos.

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