segunda-feira, 2 de abril de 2018

O Arguido “Sócrates da Bancarrota” foi Orador na Universidade de Coimbra


Não podíamos enquanto Nação bater mais fundo ao aceitarmos que um ex-primeiro ministro, um falso engenheiro que tirou o curso aos domingos, que fingiu escrever livros, que foi preso preventivamente durante 10 meses por prática de 31 crimes cometidos durante seu mandato – 3 de corrupção passiva de titular de cargo público, 16 de branqueamento de capitais, 9 de falsificação de documentos e 3 de fraude fiscal qualificada –  num processo de 4000 folhas a que deram o nome de Operação Marquês, fosse a uma Universidade Pública como orador de uma conferência subordinada ao tema ” O Projecto Europeu depois da Crise Económica”. Logo ele que além de arguido num dos maiores processos judiciais de que há memória contra um ex-governante,  é ainda responsável pela bancarrota que Portugal suportou em 2011. Um fracasso de líder. Não, não é uma piada. Aconteceu mesmo. Na Universidade de Coimbra.
O núcleo de estudantes de Economia da Associação Académica de Coimbra entendeu que Sócrates  era uma mais valia para este ciclo de conferências por ter governado depois da crise de 2008. É verdade. E quiseram ouvi-lo falar sobre essa experiência.  Ora, isto é o mesmo que pôr um ladrão a dar o seu ponto de vista sobre um assalto – veja-se Camilo Mortágua a falar do seu passado de bandido e assassino com orgulho – ou um pedófilo sobre o “amor” a crianças. Se queriam saber como ele geriu a crise era só convidar o cidadão comum que viu e sentiu tudo na carne com  os famosos contratos ruinosos com PPP’s, os “negócios” na PT, as obras megalómanas do falido Parque Escolar, os favores a empresas de amigos, os negócios do “Magalhães”, o TGV que pagamos mesmo sem o ter, os aeroportos para moscas, do IVA que aumentou 2 vezes sendo o último para 23%, os cortes nos salários e pensões, a criação das sobretaxas, as falências das empresas, o desemprego, a austeridade assinada com a Troika. Enfim, toda a miséria provocada pela SUA bancarrota.
Mas não, convidaram o próprio ex-governante incompetente que recebia garrafas de vinho em envelopes colados com fita cola. E que fez ele? Aproveitou, claro,  a oportunidade para deturpar factos, reescrever a história  dizendo inverdades. Começou a sua brilhante apresentação criticando a austeridade implementada para tirar o país do lodo em que ele o meteu. Não se riam. Ele foi mesmo capaz de dizer isto! Ele que nos PEC’s carregou na austeridade, queria ainda mais PEC’s austeros com medo da bancarrota e que depois de ultrapassado por seu ministro das Finanças, foi obrigado a declarar falência e pedir ajuda à Troika com quem se comprometeu com mais austeridade severa e PRIVATIZAÇÕES! (veja aqui o documento). Mais hilariante foi dizer que este governo deixou a austeridade. Disse: “(…) a recuperação económica portuguesa não está a acontecer porque houve austeridade, mas sim porque se abandonou a austeridade”. Ou seja, este energúmeno tem a lata de dizer isto dum governo que em 3 OE não parou de aumentar significativamente os impostos, criou mais uns quantos e suspendeu todos os pagamentos na administração pública pondo em risco toda a população matando  até centenas de cidadãos com fogos e legionella!!Mas não falou na franca recuperação económica após 4 anos de assistência financeira dos herdeiros do pantanal que ele deixou. Claro. Enganar é preciso.
Tal como durante a sua governação desastrosa,  defendeu perante  estes futuros economistas que Portugal –  endividado por ele até ao pescoço penhorando até 2035 gerações vindouras – não precisa de austeridade precisa de projectos. Tal como ele, que nunca precisou de trabalhar para ter dinheiro, só precisou de ter otários para viver à conta “de empréstimos”  e assim dar largas à sua imaginação para viver como um lorde “num projecto arrojado” de novo rico sem rendimentos justificados.  Auto-elogiou-se, claro, porque os meninos que vestem Armani e se pavoneiam em Paris com os impostos dos contribuintes deste país, não têm vergonha na cara e acham-se um colosso na arte de governar (até o são: com o dinheiro extorquido aos  outros).
Foram duas horas de palestra com o Sócrates da Bancarrota a explicar, de forma inconsciente, tudo  o que não se deve fazer em governação para uma plateia de futuros economistas bacocos que acham que têm muito a aprender com os  falhados deste país.
Podia rir-me disto tudo se não fosse trágico ver manchar o prestígio da Universidade de Coimbra que aos olhos dos países civilizados verão com estranheza esta escolha. E com razão. Só mesmo um país do terceiro mundo põe ex-políticos indiciados por corrupção e pais de bancarrotas, a fazer palestras numa instituição desta natureza.
Mas é o país de crise profunda de valores que temos.

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