terça-feira, 17 de outubro de 2017

O MONSTRO DA DÍVIDA


Com Sócrates e o Processo Marquês ficou claro como se alimenta um monstro criado em democracia. Já vem de longe esse golpe de esquemasO país que  tinha as contas controladas e muito ouro nos cofres com Salazar, o bastante para que Portugal, na mudança do regime prosperasse, foi literalmente engolido pela ganância sem escrúpulos dos governantes e suas clientelas. Sob a falsa promessa de liberdade, Abril de 74 afinal trouxe muita escravidão fiscal (roubo descarado a quem produz) ao brindar-nos 3 anos depois, em 1977, com uma bancarrota seguida de mais outra em 1983. E nem sequer ficamos por ali… Em 2011 caiu-nos outra em cima!! Tanta austeridade severa imposta! Tanta miséria! Como foi possível tamanha derrocada financeira? Ah! Já sei…  andaram todos a roubar a Nação em vez de a governar.
Não me venham com a treta das crises internacionais. É claro que países dependentes do exterior sofrem com estes abalos. Mas é para isso que servem as reservas. As poupanças são para precaver o futuro e num país bem governado, nunca são descuradas. Mas nós, com governantes despesistas a viverem só para o momento,  à conta do contribuinte(essa fonte inesgotável de rendimento), preocupados em fazer crescer suas contas bancárias e as clientelas que lhes vão eternizar a cadeira do poder e dar acesso a status e boa vida, só poderíamos estar hoje completamente endividados, pré-falidos e literalmente nas mãos de credores. Miseráveis!
De sorriso descarado nos lábios, Centeno, com os chavões recorrentes de falsa reposição de rendimentos, enganam os tolos orçamento após orçamento, dando migalhas dum lado para carregar fortemente nos impostos sob a lenga lenga nojenta de taxar pela nossa saúde! Ora se fosse pela nossa rica saúde, BAIXAVAM os produtos alimentares SAUDÁVEIS e essenciais. Se taxam mais é porque desesperadamente querem receita fácil nos produtos de maiores vendas. Vão enganar outros!
OE2018 volta ao ASSALTO habitual ao contribuinte. Faz falta dinheirinho para alimentar os esquemas habituais da governança e suas respectivas clientelas FAMINTAS a quem se promete mundos e fundos sem um chavo no bolso! O monstro da dívida, esse, cada vez mais gigantesco não se mata. Não se diminui. Controla-se, isso sim, o défice como se o défice não tivesse nenhuma ligação à dívida pública e chama-se a isso “controlo” (sim, é o controlo contabilístico do empurra para debaixo do tapete). É para rir? Isto claro, até ao próximo colapso. Mas alguém acredita que com o tetra em bancarrotas os credores não nos tentem pôr os patins rapidamente? Não brinquem com coisas sérias. Porque só temos tido dinheiro para pagar as despesas do Estado graças à UE. Esqueceram-se?
Se fossem competentes (porque taxativamente não valem um pum!) neste OE começariam por CORTAR a eito tudo o que nos empobrece : nas regalias e subvenções vitalícias (a austeridade tem de chegar a todos); nas fundações, institutos, empresas municipais e observatórios (a maioria não observa coisa nenhuma); no número de Câmaras Municipais e Assembleias e Juntas freguesia; nos financiamentos e isenções a partidos políticos; no número de deputados; na atribuição de carros a Presidentes, governantes e assessores; nos motoristas particulares 24h/dia e a fazer extras; nas renovações sistemáticas de frota de carros; na utilização dos carros Estado para fins particulares; nos subsídios de deslocação e/ou residência para TODOS os deputados e governantes; nas administrações numerosíssimas de hospitais públicos; nos milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios; nos salários milionários da RTP e nos milhões que a mesma recebe todos os anos.; nas PPP; nos prejuízos das empresas públicas e salários desses administradores. Depois dos cortes, AUDITAR todo o sector público impondo rigor e contenção de custos. Ao cêntimo. E isto, rapidamente, para atacar a dívida enquanto a conjuntura externa nos é favorável.
Porque em casa mal governada onde uns roubam outros desperdiçam perde-se muito dinheiro. Perdas que dariam para baixar impostos e investir na qualidade de vida dos cidadãos. E pôr equilíbrio financeiro nas contas do país.
Os prejuízos do Estado são colossais e ninguém os ataca porque ninguém quer perder suas regalias (ora aí está o cerne da questão) e é mais fácil enganar o cidadão fingindo que se lhes dá alguma coisa do que atacar o problema de frente.
Até ao dia em que o monstro passe a ser Besta e os salários da Função Pública e reformas deixem de cair na conta ao 21 dia…
Lembram-se da Grécia?

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